terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os Três Julgamentos

OS TRÊS JULGAMENTOS


Precisamos compreender o que a Palavra de Deus ensina sobre o julgamento do homem. Haverá três julgamentos: os dos crentes no Tribunal de Cristo; o das Nações, por ocasião da volta do Senhor e o do Grande Trono Branco.

1 – O julgamento dos crentes no Tribunal de Cristo
O julgamento dos crentes não visa condenação, uma vez que eles possuem a vida eterna (Jo3.18; Rm 8.1). O do tribunal de Cristo é uma questão de galardão ou disciplina (2 Co 5.10; Rm 14.10-12; Mt 25.14-30; 1 Co 3.10-15).

Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo. ( 2 Co 5.10).

Os salvos serão julgados no Tribunal de Cristo, enquanto os ímpios serão julgados por Deus no julgamento do Grande Trono Branco.

O julgamento dos crentes no Tribunal de Cristo será antes do Milênio, por ocasião da Sua vinda e o julgamento dos ímpios será depois do Milênio. O julgamento dos crentes não é para perdição e sim para recompensa, mas o dos ímpios é para condenação.

A Palavra de Deus não deixa dúvidas: “todos compareceremos perante o Tribunal de Deus [...] Pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.10;12). “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mt 16.27).

Embora tenhamos sido salvos, ainda assim, seremos julgados por Deus. Tal fato não tem relação alguma com o inferno, é um julgamento para o galardão.

“Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. (Ap 22.12)

“Nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. (I Co 4.4,5)

Se há recompensa, logicamente, há também a punição.

“Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb 10.30,31)

Naturalmente, quando confessamos os nossos pecados, eles são perdoados e não há mais registro deles diante de Deus. O problema é se praticamos coisas dignas de reprovação ou violamos um mandamento, mesmo que dos menores, e ainda ensinamos aos irmãos. Essa pessoa será disciplinada e considerada aos irmãos. Essa pessoa será disciplinada e considerada mínima no reino. Jesus disse:

“Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. (Mt 5.19)

Esse julgamento dos crentes é representado na parábola dos talentos (Mt 25.14-30). Ao final, o Senhor virá para acertar as contas com os Seus servos. Será o Tribunal de Cristo. Observe que, naquela parábola, os servos não foram julgados pela fé que tiveram; eles foram julgados pela obra, ou seja, se eles souberam ou não administrar o talento. O problema é que um dos servos enterrou o talento. Ele não fez algo pecaminoso como adulterar, roubar ou matar. Ele nem mesmo perdeu o talento que havia recebido, apenas o enterrou. Deixou-o intacto e inerte. Todavia, foi obrigado a prestar contas da sua infidelidade e foi disciplinado (Mt 25.14-30).

A Palavra de Deus nos mostra, em Lucas, não somente a possibilidade da perda da de recompensa, mas a possibilidade dos açoites.

“Aquele servo porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade de seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia muito mais lhe pedirão. (Lc12.47,48).

Paulo disse:

“Manifestará se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de ágüem que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo. (I Co 5.15).

Como pode alguém sofrer dano pelo fogo sem ter nenhum tipo de sofrimento? Vejamos:

“Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanharam, lançam no fogo e o queimam. (Jô 15.6).

Não permanecer no Senhor e ser lançado fora ou no fogo são experiências de disciplina e punição diante de Deus. Se um crente cai em pecado e é falho em se arrepender, poderá ser disciplinado por Deus. O pecado na vida de um ímpio é pecado, mas o pecado na vida de um crente é igualmente pecado. Os crentes que souberam e não fizeram a vontade dEle, receberão muitos açoites. Os crentes que não souberam e não fizeram a vontade de Deus receberão poucos. Naturalmente , os açoites são apenas uma ilustração humana da disciplina que receberemos naquele dia se não fizermos Sua vontade hoje. Aquele que possui mais luz tem maior responsabilidade.

2 – O julgamento das Nações por ocasião da volta de Cristo.
O Julgamento das Nações dar-se-á de acordo com a forma como cada nação tratará os judeus e os cristãos perseguidos pelo anticristo durante a grande tribulação (Mt 25.31-46; Ap 16.12-16; 19.11-21). Esse segundo julgamento está em Mateus 25, e é conhecido por Julgamento das Nações. Quando o Senhor Jesus voltar, as nações continuarão existindo sobre a Terra. Nem todas as pessoas morrerão durante a Grande Tribulação. Assim, aqueles que não morrerem serão julgados por Ele na Sua vinda. Na segunda parte deste livro, teremos um estudo detalhado do Julgamento das Nações.

3 – O Julgamento do Grande Trono Branco
É o julgamento daqueles que morreram sem Cristo. Eles ressuscitarão ao final do Milênio e serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre (Ap 20.11-15). Não existe tal coisa como juízo universal da Palavra de Deus. Ele não mistura platéias. Cada julgamento dirigi-se para um tipo de gente, o Julgamento do Tribunal de Cristo é somente para os servos, e acontecerá logo que o Senhor voltar, quando todos os crentes ressuscitarão. O julgamento do Grande Trono Branco, por sua vez, ocorrerá depois do Milênio.

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo, as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os seus mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Ap 20.11-15).

Milênio: O período da volta do Senhor é chamado de o reino do Senhor Jesus, ou de Milênio.

Chegará o Dia, e ele está perto, em que o reino do céu descerá à Terra, teremos então o reino literal do senhor e, se formos qualificados, reinaremos com Cristo durante os mil anos.

Ao final da Grande Tribulação começam os mil anos. Ou seja, depois que o filho varão – que aponta para os crentes maduros, vencedores – for arrebatado, haverá um período de sete anos, dos quais metade será de Grande Tribulação. Ao final desse período, o Senhor Jesus voltará para estabelecer o Seu reino. Na ocasião de Sua volta, aqueles que morreram com Ele ressuscitarão. A primeira ressurreição é somente para os filhos, ou seja, todos os crentes de todos os séculos. Após esse julgamento acontecerá o Julgamento das Nações, descrito em Mateus 25.31-46. Ao final do Milênio, todos os que morreram sem Cristo ressuscitarão (segunda ressurreição) para o julgamento do Grande Trono Branco. A Palavra diz que bem-aventurados são aqueles que tem parte na primeira ressurreição, porque a segunda ressurreição é coisa muitíssimo séria. (ler Ap. 20.4-7).

Apocalipse vinte, do verso sete ao dez fala do final do Milênio. O verso onze fala do julgamento do Grande Trono Branco, para aqueles que estarão na segunda ressurreição, que morreram sem aceitar o Senhor Jesus.

O inferno e a morte foram lançados para dentro do lago de fogo. Alguém pode perguntar: “Onde é que estão aqueles que morreram sem Cristo hoje?”. Eles estão no Hades, no inferno. Mas esse inferno onde eles estão hoje, ainda não é o lago de fogo. Esse mesmo inferno, onde estas pessoas estão, será lançado, junto com a morte, no lago de fogo.

O lago de fogo foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Ele não foi preparado para nenhum homem. Contudo, muitos amaram mais as trevas do que a luz. Muitos rejeitaram a mensagem do Evangelho da graça de Deus. Por isso, serão lançados juntos com o diabo e seus anjos no lago de fogo.

“Quando vier o Filho do Homem na Sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da Sua glória, e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas. (Mt 25.31,32)

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